21 de outubro de 2009

Pai



(Sabrina Souza)

Saudade dos melhores momentos da minha vida
Todos os dias que passei ao teu lado
Todas as conversas, os sorrisos
Os beijos estalados

Ensinou-me as maiores lições, as mais essenciais.
Deu-me os melhores conselhos
Ai que saudades de você pai!
Por que foste tirado tão cedo de mim?

Teus olhos tão doces quanto o teu sorriso
Tua fala mansa, teu abraço apertado.
Ah, que abraço! O melhor de todos...
Por que as coisas têm que ser assim?

Ainda não consigo entender
Foste embora levando metade de mim
A metade que ficou tenta aos poucos se reerguer
Pedaço por pedaço, peça por peça da engrenagem.

A esperança que me resta?
É um dia encontrá-lo novamente
Dar aquele abraço apertado e
Poder dizer-te mais uma vez
Pai te amo!!!

19 de outubro de 2009

Faça valer a pena

(Sabrina Souza)

Desculpem os mais conservadores, mas acredito que a felicidade de um casal não está em assinar a sua rendição em um pedaço de papel e menos em ser um do outro. Como dizem os Tribalistas “não sou de ninguém”. A questão não é ser do outro, tendo em vista que essa expressão indica posse, o que é péssimo, mas se trata de estar com o outro e compartilhar momentos, sejam eles bons ou não, afinal de contas, esse percurso louco é incerto...
Cumplicidade e carinho, querer bem, amar sem apresentar a conta no final do mês. Rir junto, chorar junto, gostar junto..Nossa passagem por aqui é muito curta para que fiquemos remoendo negativismos, a vida está aí, não espera você decidir se quer ir com ela ou não, ela apenas segue seu fluxo e também devemos fazer o mesmo..
Faça valer a pena cada resquício de bons sentimentos que te cercam, cada segundo ao lado de quem você ama, cada carinho e confirmação, cada beijo e abraço, cada momento especial e único que a vida te oferece. Seja, pois despudorado, se jogue e aproveite o melhor de estar aqui e fazer parte dessa aventura fascinante...

16 de outubro de 2009

Flor do mal

(Sabrina Souza)

A palavra quando proferida rudemente
transforma-se em flor do mal
Seus espinhos rasgam minhas feridas
Que ficam em carne viva
Dor pungente e mesquinha
Por que, às vezes, uma agressão verbal
fere mais que uma física?
Um tapa desferido sem pudor
Seria menos dolorido.

15 de outubro de 2009

Momento



(Sabrina Souza)

Canta baixinho no meu ouvido
A canção ritmada do seu coração
Choro e rio em silêncio
Na ardência do seu beijo

Sinto o gelo gostoso no estômago
O ensaio do balé das borboletas
Sinto o arrepio frio na nuca e
Seu hálito quente ao pé do ouvido

Gemo incontido o alívio
Pela explosão do desejo
As pernas bobas bambas
Treme meu corpo inteiro

De repente

(Sabrina Souza)

De repente as paredes pararam de ouvir música
E doces poemas ao pé do ouvido
O céu antes azul possui agora um alaranjado cor-de-rosa
O jardim de folhas verdes musgo

Vivo outrora pela presença do lago
Hoje jaz amarelo e seco
Como um fruto que aborta sua semente
Como a casa, sem alma, sem vida

Os antigos habitantes abandonaram a casa
Assim como o amor que sentiam um pelo outro
Os risos, carinhos e confidências viraram vazio, frio, deserto.

As doces palavras e poemas
Tornaram-se sal pelas lágrimas
E saudade de uma vida que poderia ser...

14 de outubro de 2009

O que é poesia?

(Sabrina Souza)

Poesia é paixão
Poesia é expressão
É rima através de frases soltas
Que se juntam e formam um soneto
Ela expressa a dor, o amor e o medo...
A poesia é pura
Por mais que o poeta não seja
A poesia transborda sentimentos
Alimento pra alma
Acalento ao acaso
Vida e morte
Tristeza e felicidade
Perto e longe
Saudade
A alma do poeta faz a poesia
E o poeta todo prosa
Instrumento da pura arte
Transforma rabiscos em lindos poemas
Vertigem de felicidade